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sábado, 27 de agosto de 2011

para fazer um poema dadaísta:

Pegue um jornal
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.

A linguagem dadaísta pretende anular qualquer barreira quanto a significações, pois o importante nas palavras não é seu significado, e sim sua sonoridade. O som é intensificado com o grito, o urro contra o burguês e seu apego ao capital. No Brasil o Dadaísmo tem referência através do escritor Mário de Andrade em seu livro Paulicéia desvairada, no qual há um poema chamado “Ode ao burguês”. Já no prefácio do livro, o autor recomenda que só deveriam ler o referido poema os leitores que soubessem urrar. Veja um trecho do poema: 
 
Ode ao burguês

“Eu insulto o burgês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco! (...)”

BIOGRAFIA TRISTAN TZARA: Um dos principais representantes do movimento dadaista.

Escritor francês de origem romena (4/4/1896-25/12/1963). É considerado o principal articulador do movimento estético-revolucionário dadá, que tem por objetivo detonar os valores artísticos da cultura ocidental da época. Nasce em Moinesti, na Romênia, mas é educado na França, onde começa a teorizar sobre o dadaísmo ainda durante a I Guerra Mundial.
Escreve em 1916 A Primeira Aventura Celeste do Sr.Antipyrine e termina em 1918 os Vinte e Cinco Poemas. Com a divulgação do manifesto do movimento, Sete Manifestos Dada, de 1924, envolve-se em inúmeras atividades com os artistas André Breton, Philippe Soupault e Louis Aragon.
Tristan Tzara O intuito do grupo é desintegrar as estruturas da linguagem artística da época e, com isso, chocar o público. O movimento não sobrevive à década de 30.
Em virtude do clima político de intolerância na Alemanha, que prenuncia a II Guerra Mundial, seu fundador se une ao Partido Comunista em 1936 e luta na Resistência Francesa, depois da ocupação da França pelos nazistas. Produz uma poesia lírica, após essa fase, que revela preocupação com a angústia e a tragédia da condição humana. 

Características principais do dadaísmo



- Objetos comuns do cotidiano são apresentados de uma nova forma e dentro de um contexto artístico;
- Irreverência artística;
- Combate às formas de arte institucionalizadas;
- Crítica ao capitalismo e ao consumismo;
- Ênfase no absurdo e nos temas e conteúdos sem lógica;
- Uso de vários formatos de expressão (objetos do cotidiano, sons, fotografias, poesias, músicas, jornais, etc) na composição das obras de artes plásticas;
- Forte caráter pessimista e irônico, principalmente com relação aos acontecimentos políticos do mundo.

Principais artistas dadaístas

- Tristan Tzara
- Marcel Duchamp
- Hans Arp 
- Julius Evola
- Francis Picabia
- Max Ernst
- Man Ray
- Raoul Hausmann
- Guillaume Apollinaire
- Hugo Ball
- Johannes Baader
- Arthur Cravan
- Jean Crotti
- George Grosz
- Richard Huelsenbeck
- Marcel Janco
- Clement Pansaers
- Hans Richter
- Sophie Täuber

pinturas do Dadaísmo

                                                               Wladimir Kush

A pintura dadaísta foi um dos grandes mistérios da história da arte do século XX. Os pintores deste movimento, guiados por uma anarquia instintiva e um forte nihilismo, não hesitaram em anular as formas, técnicas e temas da pintura, tal como tinham sido entendidos até aquele momento. Um exemplo disso eram os quadros dos antimecanismos ou máquinas de nada, nos quais o tema central era totalmente inédito para aqueles tempos.
Representavam artefatos de aparência mais poética do que mecânica, cuja função era totalmente desconhecida. Para dificultar ainda mais sua análise, os títulos escolhidos jamais tinham qualquer relação com o objeto central do quadro. Não é difícil deduzir que, exatamente através desses antitemas, os pintores expressavam sua repulsa em relação à sociedade, que com a mecanização estava causando a destruição do mundo.
Um capítulo à parte merecem as colagens, que logo se transformaram no meio ideal de expressão do sentimento dadaísta. Tratava-se da reunião de materiais aparentemente escolhidos ao acaso, nos quais sempre se podiam ler textos elaborados com recortes de jornais de diferente feição gráfica. A mistura de todo tipo de imagens extraídas da imprensa da época faz desse tipo de trabalho uma antecipação precoce da idealização dos meios de comunicação de massa, que mais tarde viria a ser a artepop.
 

Dadaísmo

Dadaísmo Movimento artístico que se desenvolveu em seguida do Cubismo, e que se caracterizou pela negação dos valores tradicionais, pregando o fim da cultura e a reconstrução do mundo (niilismo). Criaram-no o poeta Tristan Tzara, os escritores Hugo Ball e Richard Hülsenbeck e o pintor Hans Arp, os quias fundariam em Zurique o Carbaret Voltaire, clube destinado à manifestções artísticas de vanguarda. Arp ficaria sendo o representante mais típico do movimento , nessa sua fase suiça.

Dadaísmo

O movimento Dadá (Dada) ou Dadaísmo foi um movimento artístico da chamada vanguarda artística moderna iniciado em Zuriqui, em1915 durante a Primeira Guerra Mundial, no chamado Cobarater Voltare Formado por um grupo de escritores, poeta e artistas plásticos, dois deles desertores do serviço militar alemão, liderados por Tristar Tzara,Hugo Ball e Hans Arp.
Embora a palavra dada em francês signifique cavalo de madeira, sua utilização marca o non-sense ou falta de sentido que pode ter a linguagem (como na fala de um bebê). Para reforçar esta ideia foi estabelecido o mito de que o nome foi escolhido aleatoriamente, desta forma, abrindo-se uma página de um dicionário e inserindo-se um estilete sobre ela. Isso foi feito para simbolizar o caráter anti-racional do movimento, claramente contrário à Primeira Guerra Mundial e aos padrões da arte estabelecida na época. Em poucos anos o movimento alcançou, além de Zurique, as cidades de Barcelona, Berlim, Colônia, Hanôver, Nova York e Paris. Muitos de seus seguidores deram início posteriormente ao surrealismo e seus parâmetros influenciam a arte até hoje.

vanguasdas Europeias: Dadaismo

As vanguardas européias são os movimentos culturais que começaram na Europa no início do século XX, os quais iniciaram um tempo de ruptura com as estéticas precedentes, como o Simbolismo.
Nesse período, a Europa estava em clima de contentamento diante dos progressos industriais, dos avanços tecnológicos, das descobertas científicas e médicas, como: eletricidade, telefone, rádio, telégrafo, vacina anti-rábica, os tipos sanguíneos, cinema, RX, submarino, produção do fósforo. Ao mesmo tempo, a disputa pelos mercados financeiros (fornecedores e compradores) ocasionou a I Guerra Mundial.
O clima estava propício para o surgimento das novas concepções artísticas sobre a realidade. Surgiram inúmeras tendências na artes, principalmente manifestos advindos do contraste social: de um lado a burguesia eufórica pela emergente economia industrial e, de outro lado, a marginalização e descontentamento da classe proletária e a intensificação do desemprego (especialmente após a queda da bolsa de Nova Iorque em 1929).
O Brasil, por sua vez, passou de escravocrata para mão de obra livre, da Monarquia para República.
Os movimentos culturais desse período, responsáveis por uma série de manifestos, são: Futurismo, Expressionismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo, chamados de vanguardas européias.
“Vanguardas”, por se tratar de movimentos pioneiros da arte e da cultura e “européias” por terem origem na Europa